Sexta Feira 12: O Bebê de Rosemary (1968)

O Bebê de Rosemary (1968)

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Um jovem casal se muda para um conceituado prédio em Nova York, ignorando as histórias bizarras sobre bruxas e rituais que cercam o local. Logo eles conhecem seus vizinhos de porta, um excêntrico casal de idosos que rapidamente conquista a confiança dos dois, e se torna ainda mais próximos quando Rosemary engravida, tratando-a como a filha que eles nunca tiveram. Quem diria que um lugar com tantas lendas macabras, fosse tão acolhedor...acolhedor demais até...

Tenho que confessar que esse foi um post o qual eu pensei muito antes de começar a escrever...por um motivo bem simples: criticar um filme clássico é como falar mal da avó, é quase um sacrilégio...

Não estou dizendo que queria poder descascar o verbo encima do filme, ou que seu estado de Cult não seja merecido, afinal falamos de um puro-sangue Polanski. Deixem-me passar um pouco do clima do filme.


Quem é fã do cinema terror, é acostumado com cenas de violência e gore extremo, e é muitas vezes isso que nos atrai nesse tipo de obra. Em Bebê de Rosemary não temos absolutamente nada disso...o terror da obra se apega a detalhes pequenos, a maquinações "escondidas" nas relações entre os personagens, em uma paranóia que nasce no espectador, ao mesmo tempo que  na personagem principal, que cresce lentamente até o ápice final.


Esse é um clássico diferente dos outros, é uma obra que preza pela sutileza, que lhe faz se aproximar muito de um drama do que dos outros grandes filmes do terror, o que nem sempre agrada aos fãs de um estilo mais visceral.


Então se você procura um filme com sustos, tripas e bebes demoníacos, sugiro que procure outra coisa (quem sabe o inédito no brasil Basket Case?). Apesar disso temos uma obra madura, considerada a melhor feita pelo mestre Polanski e audiência obrigatória para qualquer fã de terror.



Nota: